Hello bet: Disputas internas e guerra da Ucrânia ameaçam o boxe olímpico

Federação de Boxe dos EUA acusou a Associação Internacional de Boxe (IBA), liderada pela Rússia, de uma possível “sabota

Federação de Boxe dos EUA Acusa IBA de Possível “Sabotagem”

Ben Morse da CNN

24/02/2023 às 14:36 | Atualizado 07/04/2023 às 22:26

Hebert Sousa, do boxe, venceu luta preliminar contra chinês Erbieke Touheta na categoria 69-75kg

Hebert Sousa, do boxe, venceu luta preliminar contra chinês Erbieke Touheta na categoria 69-75kg

Hebert Sousa, do boxe, venceu luta preliminar contra chinês Erbieke Touheta na categoria 69-75kg • Miriam Jeske – 29.jul.2021/COB

O boxe é um esporte olímpico que tem suas origens na Grécia Antiga e viu estrelas do ringue como Muhammad Ali, George Foreman, Joe Frazier, Nicola Adams, Claressa Shields e Katie Taylor se tornarem conhecidas globalmente. Hoje em dia, no entanto, o boxe olímpico enfrenta sérios riscos.

A USA Boxing acusou a Associação Internacional de Boxe (IBA), liderada pela Rússia, de uma possível “sabotagem”, afirmando que a IBA havia anunciado um processo de qualificação “falso e enganoso” para os Jogos Olímpicos de 2024.

Essa disputa surge em meio a tensões entre a IBA e o Comitê Olímpico Internacional (COI), bem como com várias federações de boxe pelo mundo, levando oito países, incluindo os Estados Unidos, a boicotar os próximos campeonatos mundiais, tanto masculino quanto feminino.

Começo dos Problemas

As tensões começaram a surgir em 2019. Um relatório sancionado pelo COI sobre a gestão da IBA recomendou que a associação fosse suspensa do direito de organizar o torneio de boxe nas Olimpíadas de 2020, devido a “continuidades graves” nas áreas de finanças, governança, ética, arbitragem e julgamento.

O membro do COI, Nenad Lalovic, entregou o relatório ao executivo da entidade, avisando que a IBA poderia acumular uma dívida de até USD 31 milhões até o final de junho de 2021.

Na época, o presidente interino da IBA, Mohamed Moustahsane, afirmou que era imperativo que a organização “se unisse e trabalhasse como uma unidade” para que pudesse “continuar lutando pelo nosso futuro olímpico”.

O COI votou unanimemente pela implementação das recomendações. Em um comunicado, Thomas Bach, presidente do COI, disse que era necessário haver uma “mudança fundamental” antes que a suspensão pudesse ser levantada, destacando que a decisão foi “tomada no interesse dos atletas e do boxe”.

Como consequência de sua exclusão do processo de qualificação e dos Jogos oficiais de Tóquio, a IBA perdeu a capacidade de organizar as eliminatórias para os Jogos de 2020. Uma força-tarefa do COI assumiu a qualificação para as Olimpíadas de 2020, assim como o próprio evento.

Em junho de 2022, o COI manteve a suspensão, publicando um roteiro que a IBA deveria seguir, que incluía transparência financeira e a alteração de seu processo de arbitragem, antes que o COI pudesse considerar o levantamento das penas em 2023.

Uma preocupação específica para o COI era a “dependência financeira” da IBA em relação à estatal russa Gazprom, que já foi sancionada pelos governos do Reino Unido e dos Estados Unidos.

IBA Faz Anúncio Surpresa

Na segunda-feira (20), a IBA declarou que seus próximos campeonatos mundiais, femininos e masculinos, a serem realizados em Nova Delhi, na Índia, em março, e em Tashkent, no Uzbequistão, em maio, seriam os “principais eventos de qualificação” para Paris 2024.

O anúncio ocorreu após que oito nações importantes do boxe, incluindo EUA e Reino Unido, informaram que boicotariam os eventos, devido à decisão da IBA de permitir que lutadores russos e bielorrussos competissem com suas bandeiras e hinos nacionais.

Atletas de ambos os países foram interditados de competir sob suas bandeiras em muitos esportes após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

No ano passado, a IBA anunciou que permitiria que atletas da Rússia e de Belarus competissem sob suas bandeiras, o que contrariava as diretrizes do COI, que recomendavam a exclusão desses atletas das competições.

Em janeiro de 2023, o COI delineou um plano de várias etapas para a participação desses atletas nos próximos Jogos em Paris 2024 e nos Jogos de Inverno de 2026 em Milão, como “atletas neutros”.

Um mês depois, os EUA e mais de 30 países emitiram um comunicado pedindo ao COI que reconsiderasse sua decisão, apoiando uma proposta de proibição de atletas russos e bielorrussos de competirem em eventos internacionais.

Os países – que incluem Reino Unido, Canadá e a maior parte da Europa – declararam que “não há razão prática para abandonar o regime de exclusão para atletas russos e bielorrussos”.

Na quarta-feira (22), o COI reafirmou sua condenação à guerra na Ucrânia, afirmando que o “Movimento Olímpico permanece firme em seu compromisso de ajudar atletas ucranianos de todas as formas possíveis”. A IBA comunicou que daria apoio a qualquer atleta de nações boicotadas que quisesse competir.

Uma série de torneios regionais fundamentará a qualificação para os Jogos Olímpicos do próximo ano, após a aprovação do sistema pelo COI em setembro passado. Haverão também dois torneios de qualificação mundial no início do próximo ano para concluir o processo.

Federação de Boxe dos EUA Reage

Em declaração emitida em 20 de fevereiro, o diretor executivo do USA Boxing, Mike McAtee, classificou o anúncio da IBA sobre os torneios de qualificação como “totalmente inaceitável”, afirmando que “claramente pretende causar confusão nos Estados Unidos e na comunidade global de boxe”.

“A IBA é, no melhor dos casos, incompetente. No pior, o USA Boxing acredita que isso pode ser uma tentativa de sabotar a qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris”, disse McAtee.

Ele acrescentou que o USA Boxing permanece “comprometido com o movimento olímpico”, seguindo os princípios do COI de “governança adequada, promovendo a supervisão neutra de terceiros do campo de jogo, condenando informações falsas e enganosas da liderança da IBA e exigindo gestão transparente das finanças”.

Na quarta-feira, a federação de boxe da Ucrânia (FBU) juntou-se a outras oito federações no boicote aos campeonatos mundiais da IBA.

O vice-presidente da FBU, Oleg Ilchenko, afirmou à emissora pública Suspilne que os atletas ucranianos não participarão dos campeonatos masculino e feminino, destacando: “Nossa resposta é clara – nossos atletas e representantes da Federação de Boxe da Ucrânia não competem onde irão competir representantes dos países agressores, como Rússia e Bielorrússia”.

“Enquanto a guerra continuar e as tropas russas estiverem em nosso território… não participarão”, completou Ilchenko.

Você acredita que essa situação afetará o futuro do boxe olímpico?

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